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O Sebrae anunciou o Programa Acredita específico para mulheres, em parceria com o governo, para impulsionar o empreendedorismo das mulheres. O Sebrae será o avalista de toda empreendedora, afirmou o presidente da instituição, Décio Lima.

Segundo ele, o aval da instituição para operações de crédito de empresas lideradas por mulheres será de 100%. Décio destacou que o empreendedorismo feminino cresceu 35% em todo o país. 

A taxa de juros cobrada das pequenas empresas administradas por mulheres que são MEI, em regiões mais vulneráveis, se aproxima de 60% ao ano. Isso acontece porque a oferta de crédito é concentrada em cartão de crédito e cheque especial, que tem taxas mais elevadas.

Para estimular as instituições financeiras a ofertarem mais crédito e com taxas de juros mais baratas, o Sebrae vai contribuir com o lançamento do Sebrae Delas, que tem como objetivo ampliar a oferta de garantias para operações de crédito com negócios que sejam administrados por mulheres. 

“Além disso, criaremos um protocolo específico de atendimento e assistência às empreendedoras para atuação no Crédito Assistido na Rede Sebrae”, comentou Décio Lima.

Ele acrescentou que a instituição fará, em 2025, um mutirão nos estados do Acredita Sebrae para aproximar os pequenos negócios das instituições financeiras com o objetivo de renegociar dívidas e fazer novas operações de crédito.

“Com isso, esperamos contribuir para estimular o acesso a crédito para os pequenos negócios liderados por empreendedoras, além de estimular a redução dos juros ofertados, com a oferta de ampliação do risco pelo Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe), de 80% para uma cobertura especial de 100% da garantia”, comentou o presidente do Sebrae Nacional.

Programa Acredita
O Programa Acredita, lançado pelo governo federal em 2024, promove um conjunto de ações destinadas a diversos segmentos que precisam ter acesso a crédito. Para os microempreendedores individuais (MEIs) e microempresas, o Acredita conta com uma linha de crédito especial, com juros que podem ser 50% abaixo dos praticados pelo mercado.

“Nós só vamos alcançar uma sociedade justa, igualitária se nós garantirmos o processo de inclusão na renda das mulheres. E a renda hoje não é apenas o emprego. A renda é garantir a presença das mulheres no protagonismo da economia, no espírito empreendedor, na natureza criativa que as mulheres têm de forma extraordinária”, reiterou Décio.